Evocação de Baptista‑Bastos

Uma evocação de Armando Baptista-Bastos, que se destacou como um dos jornalistas e escritores de referência deste século. Nas suas palavras, “o jornalismo é uma disciplina superior da literatura”.

Com depoimentos de Fernando Dacosta, Mário Zambujal, Francisco Pinto Balsemão, Alexandre Borges, Gonçalo Pereira da Rosa, Rui Cardoso, Ernesto Rodrigues e Isaura Baptista-Bastos.

 

 

Armando Baptista-Bastos nasceu em Lisboa a em 27 de fevereiro de 1934 e faleceu em maio de 2017.

Iniciou a sua carreira jornalística em O Século, mas foi ao serviço do Diário Popular – onde trabalhou durante vinte e três anos (1965-1988) – que haveria de conquistar maior notoriedade, sobretudo em géneros como a entrevista e a reportagem.

Pertenceu, também, aos quadros redatoriais de República, O Diário, Europeu, Almanaque, Seara Nova, Gazeta Musical e de Todas as Artes, Época e Sábado. Desempenhou funções de redator da Agence France Press em Lisboa. Colaborou, como cronista, em diversos periódicos, nomeadamente Jornal de Notícias, A Bola, Tempo Livre e, como crítico, em Jornal de Letras, Artes e Ideias, Expresso, Jornal do Fundão, Correio do Minho, Público e Diário Económico. Fundou o semanário O Ponto, periódico que registou uma série de entrevistas seminais. Aos microfones da Antena Um e da Rádio Comercial leu algumas das suas crónicas.

Tornou-se mais conhecido do grande público pelas entrevistas realizadas na SIC entre novembro de 1996 e janeiro de 1998. Nessas “Conversas Secretas”, fazia a todos os convidados a pergunta "onde é que estavas no 25 de Abril?", o que seria mais tarde glosado por Herman José no programa "Herman Enciclopédia".

Publicou mais de uma dezena de títulos de ficção e recebeu vários prémios, entre os quais: Prémio Feira do Livro (1966), Prémio Artur Portela (1978), Prémio Nacional de Reportagem/Prémio Gazeta 1985, Prémio Casa da Imprensa (1986), Prémio «O Melhor Jornalista do Ano» (1980 e 1983), Prémio Pen Clube (1987) e Prémio Cidade de Lisboa (1987).