A Imprensa Católica: velha tradição parada no tempo
A imprensa da Igreja
A uma imprensa da Igreja eminentemente doutrinária (por vezes mesmo proselitista), junta-se outra, visando fins culturais, académicos, de investigação científica, etc. e outra ainda de divulgação de atividades religiosas. Algumas publicações são propriedade direta da Igreja, outras de organismos a ela ligados e outras ainda de católicos.
A Igreja é detentora da propriedade da Rádio Renascença, com várias estações, quase três dezenas de rádios locais, muitas delas membros da ARIC – Associação de Rádios de Inspiração Cristã. Ainda que algumas delas não sejam propriedade da Igreja propriamente dita, estão, no entanto, a ela intimamente ligadas. De referir igualmente a propriedade de mais de três dezenas e meia de livrarias, de dezena e meia de editoras e de idêntico número de tipografias.
A imprensa regional da Igreja, designadamente a semanal, assume uma importância vital no contexto da imprensa regional portuguesa. Apesar das diferenças, as publicações deste género possuem caraterísticas comuns e definidoras, como o facto de não terem como prioridade um objetivo financeiro, de serem maioritariamente dirigidas por padres e de parte significativa das suas redações ser constituídas por homens, muitos deles possuidores de curso superior; de serem quase integralmente vendidos por assinatura e de terem uma forte tendência para ignorarem o «marketing» e minimizarem o «design».