Benjamin Franklin

Jornalista, editor, autor, filantropo, abolicionista, cientista, diplomata, inventor, Benjamin Franklin é um dos pais fundadores dos EUA

Mrs. Silence Dogood

Benjamin Franklin nasceu em Boston a 17 de janeiro de 1706.  O pai, Josiah Franklin, era fabricante e comerciante de velas de cera. Benjamin foi o seu 17.º filho. Deixou os estudos aos dez anos de idade para ir trabalhar com o pai.

 

 

Aos doze anos entra como aprendiz de tipógrafo na oficina do irmão. Inteligente, estudioso, amante da literatura, Benjamin cultiva-se e começa a escrever.

Quando o irmão James se recusa a publicar os seus trabalhos, Benjamin Franklin adota o pseudónimo Mrs. Silence Dogood e as suas 14 cartas são publicadas no jornal do irmão The New England Courant, deliciando os leitores.

Quando descobre, o irmão gosta pouco da proeza. Franklin foge para Nova Iorque, rumando a Filadélfia, para onde regressou sempre, mesmo quando, ao longo da sua vida, viveu temporadas no estrangeiro.

 

 

Londres e a sua tipografia

Vai para Londres, onde trabalha como compositor tipográfico, mas volta aos EUA em 1726. Associa-se a um antigo colega, Hugh Meredith e monta a sua própria tipografia. Aí funda o Poor Richard's Almanack. Foi publicado entre 1732 e 1758 e um best sellerna altura, chegando às 10.000 cópias por ano.

 

 

Em 1758, ano em que deixou de escrever para o almanaque, imprimiu O sermão do pai Abraão, hoje considerado o livro mais famoso produzido durante a América colonial.

 

 

Em 1729, Benjamin Franklin e Hugh Meredith compram o jornal The Pennsylvania Gazette.  

 

 

Benjamin Franklin não se limitou a imprimir o jornal, tendo várias vezes escrito sob pseudónimo. Rapidamente o jornal se tornou o mais lido nas colónias, numa altura fucral: a Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775–1783).

 

 

The Pennsylvania Gazette publicaria, também, o primeiro cartoon político da América,  Join, or Die, da autoria do próprio Benjamin Franklin. Tornou-se um símbolo da Liberdade colonial durante a Guerra da Independência.  O jornal cessou a sua publicação em 1800, dez anos após a morte de Benjamin Franklin. 

 

 

Em 1752, Franklin publica no jornal um relato, escrito na terceira pessoa, da pioneira experiência científica que havia realizado, sem dizer que tinha sido ele próprio a lançar um papagaio no meio de uma tempestade.

O para-raios e o envolvimento da comunidade

Na altura com mais tempo livre para os seus estudos e invenções dedica-se à compreensão da eletricidade, o que lhe deu reputação internacional.   Identificou as cargas positiva e negativa e demonstrou que os raios são um fenómeno de natureza elétrica. Foi, entre outros, o inventor do para-raios.

Ao longo da sua vida, o seu envolvimento com a comunidade foi notável. Criou em Filadélfia o corpo de bombeiros, fundou a primeira biblioteca circulante dos Estados Unidos e uma academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia.

Organizou um clube de leituras e debates, que deu origem à Sociedade Americana de Filosofia, e ajudou a fundar o hospital do estado. Foi também foi um dos principais dignitários da maçonaria americana. 

 

A Política

Benjamin Franklin foi ainda político e embaixador das colónias no Reino Unido, com um papel determinante à altura, tendo ganho fama pelo espírito conciliatório. Foi um dos negociadores do Tratado de Paris, que formalmente encerrou a Guerra Revolucionária.

 

 

Participou da redação da “Declaração da Independência” e da Constituição dos Estados Unidos, discutida e aprovada pela Convenção Constitucional de Filadélfia, entre maio e setembro de 1787.

 

 

 

No final da sua vida, Franklin dedicou-se à abolição da escravatura, tendo-se tornado presidente da sociedade que lutava pela libertação dos negros ilegalmente retidos em cativeiro.

 

 

Morreu a 17 de abril de 1790, com 84 anos de idade. Em 1728 tinha escrito um epitáfio, hoje imortalizado no Independence Hall, em Filadélfia.

«Aqui jaz, para sustento dos vermes, o corpo de Benjamim Franklin, impressor, como a capa de um livro velho com as folhas já rasgadas e a encadernação estragada. Mas não ficará obra perdida, pois reaparecerá, segundo crê, em nova edição revista e corrigida pelo autor».