Jaime Gama

A 11 de janeiro de 1972, Jaime Gama é jornalista do República e entrevista Francisco Sá Carneiro – um encontro que se torna célebre e no qual Sá Carneiro se assume como social-democrata. Com apenas 25 anos, afirma o seu nome no Jornalismo. Além deste diário publica no Comércio do Funchal e na revista O Tempo e o Modo

A expansão do jornal “República” em 1972 trouxe-lhe equipamentos mais modernos e abriu a porta a várias personalidades socialistas. Entre elas, Jaime Gama, um jovem jornalista que já tinha passado pelas redações da revista “O Tempo e o Modo” e do “Jornal do Funchal”.

Açoriano de gema, nascido em Ponta Delgada a 8 de junho de 1947, Jaime Gama atirou-se ao regime salazarista desde muito cedo. Aos 18 anos foi detido pela PIDE. Quatro anos depois, em 1965, reencontrou-se com a polícia política mas agora em Roma, onde ia participar num encontro da Internacional Socialista.

Antes de ser um dos fundadores do Partido Socialista em ’73, candidatou-se à antiga Assembleia Nacional pela Comissão Eleitoral de Unidade Democrática em ‘69.

A 11 de janeiro de 1972, com 25 anos de idade, o jornalista Jaime Gama entrou para a ribalta com uma entrevista a Francisco Sá Carneiro. Foi aí que o político se assumiu como social-democrata, e foi aí que Jaime Gama consolidou a sua carreira.

Como oficial miliciano, Jaime Gama pôs as mãos na massa durante a Revolução dos Cravos em ‘74. Poucos dias depois, tornou-se diretor do Serviço de Informação da Emissora Nacional, que mudou de nome para RDP.

Um ano depois, virou-se para a política a tempo inteiro. Ocupou o cargo de Presidente da Comissão dos Assuntos das Regiões Autónomas e tornou-se presidente do Grupo Parlamentar do PS, na Assembleia da República.

Chegou a ser quase uma espécie de ministro profissional: entre os anos de ’78 e ‘99, foi Ministro da Administração Interna, Ministro da Defesa Nacional e Ministro dos Negócios estrangeiros por duas vezes. Em 2002, chegou a Ministro de Estado. De 2005 a 2011, serviu o país como Presidente da Assembleia da República.

Hoje em dia, Jaime Gama comenta a atualidade em alguns órgãos de comunicação social, numa junção perfeita do Jaime jornalista com o Jaime político.